Editorial
O eterno mestre
Internado no hospital, o melhor jogador de futebol do mundo e de todos os tempos já está fora de perigo
Mal voltei ao Brasil, em janeiro de 1960, minha primeira preocupação foi assistir ao jogo do Santos contra algum adversário que possivelmente seria o São Paulo. O Santos fez seis gols, dos quais quatro de Pelé e dois de Pepe, o fatal ponta-esquerda. Os gols de Pelé foram extraordinários na sua feitura: ele saiu entre a meia-lua da área santista e passou amplamente pela linha do meio-campo, deixando para trás quem haveria de marcá-lo. Foram quatro tentos praticamente iguais, assinalados por um jogador imbatível.
Uma loja na Rua Estados Unidos, no trecho que vai da Brigadeiro Luís Antônio à Avenida 9 de Julho, vendia o filme dos mil gols de Pelé e, a pedido de amigos e parentes italianos, mandei para a península meia dúzia para atender às solicitações. Pelé foi o maior jogador de futebol de todos os tempos e acaba de voltar ao seu quarto de hospital, da mesa de cirurgia, fora de perigo, o que me deixou satisfeito. Estive com ele duas vezes, uma delas ao almoçar na casa de um amigo comum. Afável e simpático, a despeito da incrível marca de gols, extraordinário butim que ele carregará para sempre.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.