Mediação chinesa

Pequim entre Putin e a Otan

Guterres preocupa-se à toa - Imagem: Leo Ramirez/AFP e Jean Marc Ferré/ONU

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Chegam de Pequim informações oficiais: a China se dispõe a atuar como mediadora do conflito que hoje ameaça a paz mundial, enquanto a União Europeia anexa países que ainda não tinham aderido à aliança, Suécia, Finlândia e Noruega. Portanto, passam a ser protegidos pela Otan. Está claro que a Ucrânia também já estava sob a proteção da Organização. Ao desferir o seu ataque imperialista, o ex-agente da KGB e hoje “czar” da Rússia Vladimir Putin pretendeu estabelecer uma nova ordem política mundial. Conseguiu, isto sim, provocar uma nova ordem ideológica. Basta observar quem está com ele para entender. As ideias que antes dividiram o mundo hoje somente dividem as gerações mais velhas, enquanto as novas já estão em outra.

De fato, Putin consegue o apoio da direita europeia. De Matteo Salvini a Marine Le Pen, sem deixar de incluir em posição destacada Viktor Orbán, todos fecham com o “czar”. Mesmo a Polônia, governada pela direita, ajuda de todas as maneiras possíveis a Ucrânia agredida, resultado do risco de ser alcançada pelo exército russo, que está praticamente às suas portas. Esta situação pode suscitar a estranheza de quantos continuam presos, mas o presente é outro, e bem diferente.

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2 comentários

evandro moraes adas 17 de maio de 2022 04h09
Faço minhas as palavras do comentarista Paulo Sérgio Cordeiro Santos. Agora, os ocidentalistas, com seus valores postos em risco pelo modelo chinês de ver o mundo, estão mostrando a cara e saindo do armário, para aqueles que têm olhos verem quem são...
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 13 de maio de 2022 13h13
Concordo que a gigante China e também o papa Francisco deveriam se encarregar de mediar o conflito entre a Rússia e Ucrânia, mas que também o presidente Putin entrou nessa porque foi provocado pelos EUA e OTAN tendo como o presidente Zelensky o palhaço que o imperialismo precisava para justificar a sua expansão geopolítica na região. Putin não tem como aliados somente Viktor Orbán, ou Le pen, mas também todos os líderes dos países que foram e são massacrados pelo neoliberalismo estadunidense e europeu. O ex presidente Lula, com sua sabedoria, percebeu isso, e deve, quando assumir a presidência em 2023 ter uma postura equidistante do conflito e valorizar a paz não entrando na onda midiática da satanização de Putin, mas tratando-o como um parceiro e estadista que é. Esperemos que o conflito do leste europeu tenha vida curta e que a Rússia volte a ter o protagonismo mundial que sempre teve. E que a mídia ocidental também denuncie os embargos covardes que fazem a Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e a própria Rússia. Mas uma pergunta que não nos faz calar : Porque os países ocidentais não impõem um embargo econômico na China? Porque são covardes e gananciosos e não ousariam cometer tal desatino.

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