Economia

Taxa de desemprego no Brasil é de 6,5%, diz IBGE

O índice foi registrado no trimestre encerrado em janeiro e, embora represente uma leve alta, ainda não pode ser considerado uma mudança na trajetória de quedas do desemprego no País, segundo a avaliação dos pesquisadores

Taxa de desemprego no Brasil é de 6,5%, diz IBGE
Taxa de desemprego no Brasil é de 6,5%, diz IBGE
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre finalizado em janeiro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa representa aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2024, período em que foi de 6,2%.

Segundo analistas do IBGE, apesar do leve aumento, o índice não representa, necessariamente, uma mudança na trajetória de quedas do desemprego no País. O dado, indica o instituto, pode ser explicado pelas demissões, comuns no início do ano, e também pela diminuição das contratações no setor público, principalmente pela mudança das administrações municipais em 2025.

Em números absolutos, são 7,2 milhões de pessoas que estavam sem emprego no País de novembro de 2024 a janeiro de 2025. O volume representa um crescimento de 5,3% na comparação com o trimestre anterior, mas uma queda na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o contingente de desempregados era de 8,3 milhões – 13,1% acima do índice atual ou 1,1 milhão de pessoas a mais sem trabalhar.

Já a taxa da população ocupada no período foi de aproximadamente 103 milhões, uma diminuição de 0,6%, ou seja, menos 641 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, no entanto, o aumento foi de 2,4%, ou seja, mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

Ainda de acordo com o IBGE, 58,2% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas. O nível da ocupação caiu 0,5 ponto percentual no trimestre, mas cresceu 0,9 ponto percentual. em relação ao mesmo período do ano passado.

Informalidade

A taxa de informalidade, por sua vez, foi de 38,3%, o que equivale a 39,5 milhões de trabalhadores. O índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,9%) como no mesmo trimestre de 2024 (39%).

Segundo a pesquisa, a queda na informalidade é consequência da redução do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,9 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (25,8 milhões) nas comparações trimestral e anual.

Por fim, o contingente de ocupados no setor privado com carteira (39,3 milhões) ficou estável na comparação trimestral e cresceu 3,6% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

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