Economia

PT retoma críticas ao Banco Central e reforça defesa pela queda dos juros

A presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, afirmou que a instituição ‘tem de mudar a política monetária pelo bem do Brasil’

Roberto Campos Neto e Paulo Guedes, em evento no Banco Central do Brasil. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, publicou nesta quinta-feira 23 uma crítica à condução da política monetária pelo Banco Central. Segundo a petista, a taxa Selic em 13,75% ao ano pode levar o País a um cenário “sem crédito e sem investimento”.

Ela se baseia em um documento da FGV Ibre a apontar uma desaceleração em diferentes setores. “Com esse cenário, sem ganhos de produtividade e com grande nível de incerteza na economia, mantemos nossa projeção de crescimento de 0,2% para 2023, considerando que o forte aperto monetário deve persistir pelo menos até o final do ano”, diz um trecho do estudo.

“Com os juros altos desse jeito é com esse cenário que vamos nos deparar, sem crédito, sem investimento. BC tem de mudar a política monetária pelo bem do Brasil”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

Nos últimos dias, Lula (PT) tem evitado críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Há exatamente uma semana, em 16 de fevereiro, o presidente da República havia reforçado sua oposição à política monetária executada pela instituição.

Em entrevista à CNN Brasil, Lula afirmou não ter “interesse em brigar com um cidadão que é presidente do Banco Central, que eu pouco conheço”. Fez, no entanto, uma “sugestão” a Campos Neto: “Se ele topar, quando eu for levar o meu governo para visitar os lugares mais miseráveis deste País, vou levá-lo para ele ver. Ele tem de saber que a gente, neste País, tem de governar para as pessoas que mais necessitam”.

O petista também declarou que a chamada autonomia do Banco Central terá de ser revista caso a economia do País não melhore.

“Vamos ver qual a utilidade que a independência do Banco Central teve para este País. Se trouxer coisa extraordinariamente positiva, não tem problema nenhum ele ser autônomo”, disse. “Nunca foi, para mim, uma coisa de princípio. O que eu quero saber é o resultado. Um Banco Central autônomo vai ser melhor? Vai melhorar a economia? Ótimo. Mas se não melhorar, vamos ter que mudar.”

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