Economia

PGR dá razão ao governo Lula em ação por mais poder de voto na Eletrobras

O caso tramita no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Kassio Nunes Marques

PGR dá razão ao governo Lula em ação por mais poder de voto na Eletrobras
PGR dá razão ao governo Lula em ação por mais poder de voto na Eletrobras
O PGR, Augusto Aras, no STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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A Procuradoria-Geral da República se manifestou a favor do governo Lula em uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal para ampliar o poder de voto da União nas decisões da Eletrobras, privatizada em 2022. O caso tem a relatoria do ministro Kassio Nunes Marques.

Em maio, o governo, por meio da Advocacia-Geral da União, acionou o STF contra trechos da lei que autorizou a venda da empresa. A ação contesta o dispositivo a tratar da redução na participação da União em votações no conselho.

A lei impediu que um acionista ou um grupo de acionistas exerça poder de voto superior a 10% da quantidade de ações. A avaliação da AGU é que o governo federal foi prejudicado pela norma, uma vez que detém cerca de 42% das ações ordinárias.

“Poderia a União deter 42% das ações ordinárias da Eletrobras, mas só exercer poder de voto relativamente a 10%? Sim, desde que o ente público fosse recompensado por isso (tal como no caso da Embraer). Entretanto, não o foi!”, diz um trecho da peça enviada pela PGR ao STF nesta quarta-feira 16. O texto traz a assinatura do procurador-geral da República, Augusto Aras.

O órgão defende declarar a inconstitucionalidade parcial da lei, a fim de que as normas restritivas somente “se apliquem ao direito de voto referente a ações adquiridas após a desestatização da Eletrobras”.

Antes, porém, a PGR recomenda a abertura de uma tentativa de conciliação entre as partes, em busca de um consenso.

Ao protocolar a ação no STF, a AGU ressaltou que o objetivo não é reestatizar a Eletrobras, mas resguardar o interesse público e os direitos de propriedade da União. Na manifestação desta quarta, a PGR reforça que “não se está a questionar a decisão política de privatizar a Eletrobras nem o modelo de governança escolhido para a empresa pós-privatização”.

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