Economia

Oposição vai ajudar Lula a aprovar reforma tributária, diz Alckmin

O texto, segundo vice-presidente e ministro, está ‘maduro’ e deve ser debatido pelo Congresso em breve

Oposição vai ajudar Lula a aprovar reforma tributária, diz Alckmin
Oposição vai ajudar Lula a aprovar reforma tributária, diz Alckmin
Foto: Reprodução/Tv Globo
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A oposição ao governo federal no Congresso não criará dificuldades e ajudará a aprovar a proposta de reforma tributária que será, em breve, apresentada. A análise foi feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços, em entrevista ao Conversa com Bial, da TV Globo, exibido na madrugada desta quarta-feira 8.

“A oposição, que poderia dificultar, é mais liberal, vai ajudar”, disse. “Não tem razão para não ajudar, em tese. Os presidentes da Câmara e do Senado declararam que vão se empenhar”.

Segundo Alckmin, porém, o governo Lula precisa se empenhar em mandar o texto ainda no primeiro ano de mandato, caso contrário, criará, na sua avaliação, uma barreira para a tramitação da proposta.

“Agora, não pode perder o primeiro ano. Se possível, no primeiro semestre, já tem que votar no primeiro turno. É a lua de mel, não pode perder essa força do voto”, destacou.

Ainda sobre o tema, Alckmin disse que o texto está ‘maduro’ e deve, portanto, atender ao prazo estipulado e ser colocado em breve para discussão com parlamentares.

“Estou confiante de que a reforma tributária vai andar. Acho que é uma oportunidade de o mundo político mostrar capacidade de diálogo e mostrar resultado”, explicou. Esta é uma reforma que faz o PIB crescer. Pode crescer 10% em 15 anos. Traz eficiência econômica e está madura”.

O projeto, vale lembrar, é a prioridade estabelecida pelo governo nos primeiros meses de mandato ao lado do novo arcabouço fiscal. Ambos estão sob a batuta de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mas contam com contribuições de Alckmin e Simone Tebet, ministra do Planejamento.

Forças Armadas

Na conversa com Bial, Alckmin também defendeu um ponto de vista que alega que o clima de tensão entre o governo federal e as Forças Armadas já foi amenizado com a chegada de Tomás Ribeiro Paiva ao comando do Exército. Ele substituiu Júlio César de Arruda, general que tinha resistências em investigar e punir militares alinhados aos golpistas.

Sobre os áudios de Ribeiro Paiva que vazaram e mostraram o general dizendo que Lula ‘infelizmente’ foi eleito, o vice minimizou. Alckmin disse que o presidente escolheu pessoalmente o militar para comandar o Exército e que faz parte do jogo ‘gostar mais de um do que de outro’. “O que não pode é gente pregando golpe”, defendeu.

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