Economia
‘O petróleo até pode acabar, mas a Refinaria Abreu e Lima não acaba’, diz presidente da Petrobras
Os novos investimentos na RNEST estão previstos no Plano Estratégico 2024-2028 da estatal e fazem parte do PAC
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), classificou a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, como um “ato de superação” e projetou que os investimentos do governo federal garantirão que o polo de refino continue a produzir mesmo se o petróleo acabar.
A declaração foi concedida durante evento em Ipojuca, cidade pernambucana distante 52 quilômetros do Recife, nesta quinta-feira 18. O presidente Lula (PT), a governadora Raquel Lyra (PSDB) e ministros do governo também participaram da solenidade.
“A RNEST é o retrato da superação, da volta por cima, do grau máximo de resiliência, de recuperação. Estamos reabrindo a possibilidade de produzir mais diesel brasileiro, mas também a de adaptar essa refinaria para o futuro”, afirmou Prates. “É a refinaria de 100 anos, que não acaba com o petróleo. O petróleo até pode acabar, mas a Rnest não acaba“.
Com as operações iniciadas em 2014, a RNEST ficou conhecida como a mais moderna refinaria da Petrobras, com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel.
A refinaria se tornou alvo da Lava Jato por supostos prejuízos à petrolífera, mas em 2021 a Justiça concluiu que não houve lesão ao Estado com a sua construção.
Os novos investimentos na RNEST estão previstos no Plano Estratégico 2024-2028 da estatal e fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.
“Essa refinaria vai produzir [combustível] renovável a 100% de origem vegetal”, prosseguiu Prates. “Não é com a planta pequena, é com uma refinaria de 260 mil barris/dia que vocês [petroleiros] operam e que os filhos e netos vão continuar operando, e não vai ser uma lata velha do fim do petróleo.”
O objetivo é concluir a construção do Trem 2 da refinaria pernambucana até 2028. A previsão é que haja capacidade de processar 260 mil barris de petróleo por dia com o empreendimento.
As obras de refino, transporte e comercialização deverão gerar cerca de 30 mil empregos, informou a Petrobras.
Além disso, há o projeto de construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que trata da transformação do óxido de enxofre (SOx) e do óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto.
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