O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo presidente Lula (PT) para presidir a Petrobras, afirmou nesta quarta-feira 4 que sua gestão não promoverá uma intervenção nos preços dos combustíveis.
A indicação de Lula depende da aprovação do Conselho de Administração da estatal.
“Nunca ninguém falou em intervenção. O mercado é aberto e a importação está aberta”, disse Prates a jornalistas no Palácio do Planalto. “A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar uma política de preços para os nossos clientes.”
Prates marcou, porém, as diferenças entre “paridade de importação”, modelo atualmente em vigor, e “paridade internacional”.
“Uma coisa é ter o internacional como referência, outra coisa é se guiar pelo preço de uma refinaria estrangeira mais o preço para chegar até aqui”, prosseguiu. “Todo o preço será vinculado internacionalmente de alguma forma.”
Em resumo, o petista declarou que a política de preços também tem de refletir o fato de o País produzir os combustíveis. Os preços, portanto, serão do “mercado brasileiro”, formados pela produção nacional e pela importação.
Nesta quarta, a Petrobras confirmou a saída de Caio Paes de Andrade da presidência da empresa. Em seu lugar, assume interinamente o diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.
Na última segunda 2, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que Lula resolveu prorrogar temporariamente a isenção de impostos sobre combustíveis porque deseja tomar uma decisão definitiva depois da posse da nova diretoria da Petrobras.
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