Economia

Não chamei a Uber para vir e não vou falar para ir, diz ministro do Trabalho

Luiz Marinho afirma ter ouvido de representantes da empresa que o mercado brasileiro é o que desperta o maior interesse

O ministro do Trabalho e emprego, Luiz Marinho. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta sexta-feira 6 que a Uber não deixará o País e disse ter ouvido de representantes da empresa que o mercado brasileiro é o que desperta o maior interesse neste momento.

“Eu não estou falando para a Uber ir embora. Não é disso que se trata. Eu não chamei eles para vir. Não vou falar para eles irem”, declarou em evento promovido pela Central dos Sindicatos Brasileiros. “Pode ter certeza de uma coisa: os trabalhadores e trabalhadoras que hoje trabalham para a Uber não ficarão sem oportunidades.”

O ministro afirmou também que uma proposta de acordo entre as plataformas e os trabalhadores deve ser divulgada em breve, mas não forneceu detalhes.

Na última quarta-feira 4, uma declaração de Marinho gerou repercussão, durante uma audiência na Câmara dos Deputados. “A imprensa disse: e se a Uber sair do Brasil? Primeiro, que a Uber não vai sair do Brasil, porque é o Brasil o seu mercado. Segundo, se caso queira sair, o problema é só da Uber, porque outros concorrentes ocuparão esse espaço, como é no mercado.”

O debate acontece em meio a negociações entre empresas e entregadores por melhores condições de trabalho, em um grupo instituído pelo presidente Lula (PT) em maio. Nesse colegiado estão representantes dos trabalhadores e dos aplicativos, mediados por integrantes do governo.

Após mais de 100 dias de diálogo, no entanto, os trabalhadores rejeitaram a proposta das empresas e têm se mobilizado com paralisações e protestos. Representantes de entidades sindicais reivindicam aumento de remuneração, fornecimento de cesta básica, pagamento de seguro de vida, entre outras demandas.

Na semana passada, Lula afirmou que os aplicativos não seriam obrigados a assinar carteira. As empresas, porém, têm resistido a acatar os pedidos dos trabalhadores.

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