Na ONU e no G20, Lula não poupa críticas ao ‘neoliberalismo falido’

Dos 'escombros' desse modelo econômico, disse o presidente brasileiro em Nova York, vem a ascensão da extrema-direita

O presidente Lula na Assembleia Geral da ONU de 2023. Foto: Ed Jones/AFP

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O presidente Lula reforçou no discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU suas críticas ao neoliberalismo. Semanas atrás, em sua participação na Cúpula do G20 na Índia, ele já havia mirado as contradições desse modelo econômico.

Nesta terça-feira 19, em Nova York, Lula afirmou que o desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas no futuro, em especial os jovens. Por isso, segundo ele, os governos nacionais têm de romper a dissonância entre a “voz dos mercados” e a “voz das ruas”.

“O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos”, disse o presidente. Dos “escombros” desse modelo, prosseguiu, vem a ascensão da extrema-direita.

“Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário.”

Em 10 de setembro, ao receber simbolicamente a presidência rotativa do G20, Lula avaliou que o bloco se consolidou após a crise financeira de 2008 e enfrentou os momentos mais críticos, “mas foi insuficiente para corrigir os equívocos estruturais do neoliberalismo”.

“A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas”, declarou, na ocasião.


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