Economia

‘Muito pouco’ e ‘boa sinalização’: veja reações no governo Lula ao novo corte na Selic

A taxa básica de juros saiu de 12,75% para 12,25% ao ano

‘Muito pouco’ e ‘boa sinalização’: veja reações no governo Lula ao novo corte na Selic
‘Muito pouco’ e ‘boa sinalização’: veja reações no governo Lula ao novo corte na Selic
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Apoie Siga-nos no

Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central anunciou um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. Com isso, a Selic sai de 12,75% para 12,25% ao ano, o menor índice desde março de 2022. A decisão, tomada por unanimidade pelo Conselho de Política Monetária nesta quarta-feira 1º, repercutiu entre lideranças do governo Lula (PT).

O comunicado emitido após a reunião do Copom avalia que o conjunto de indicadores domésticos sobre a atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração e, com a manutenção deste quadro, uma nova redução na Selic deve acontecer em dezembro.

Além disso, o texto menciona diretamente a polêmica envolvendo as declarações de Lula sobre a meta de déficit zero no ano que vem. Na sexta 27, durante café da manhã com a imprensa, no qual CartaCapital esteve presente, o petista disse considerar ser difícil zerar o rombo nas contas públicas e atribuiu a dificuldade ao que chamou de “ganância do mercado”.

Para Gleisi Hoffman, presidenta nacional do PT, a redução na Selic deveria ser “maior e mais rápida” ante a urgência da retomada do crescimento econômico no País. Na mesma linha, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) disse que o corte é “uma boa sinalização”, mas insuficiente.

Articulador político do governo, o ministro Alexandre Padilha atribuiu a decisão do Copom à aprovação das pautas econômicas apresentadas pela gestão petista ao Congresso Nacional. “A taxa de juros fica em 12,25% e reforça o ambiente de melhora econômica produzida pela política econômica do governo Lula”, escreveu.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou esperar que o Banco Central “agilize a redução para não comprometer as metas de crescimento de 2024”.

Por sua vez, o deputado Lindbergh Farias (RJ) disse que o corte anunciado nesta quarta-feira “é muito pouco” e acusou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, de “trabalhar contra o Brasil”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo