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Mudança da meta. E daí?

A revisão do ajuste fiscal era previsível e necessária para manter a rota de crescimento

Acerto. Haddad e Lula mantêm o compromisso com a sustentabilidade da dívida. Os juros do Banco Central são o maior entrave a esse esforço – Imagem: Marcos Oliveira/Ag. Senado
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O governo Lula tem compromisso sério e firme com as contas públicas, como ocorreu nos dois mandatos anteriores. Não tem sentido o escarcéu em torno das novas metas de resultado primário (a diferença entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida) para os próximos anos, reduzindo as estimativas de saldos positivos em 2025, de 0,5% do PIB para zero, e 2026, de 1% para 0,25%. Os críticos, sempre mais preocupados em proteger os interesses imediatos do chamado mercado e do rentismo, parecem esquecer fatos relevantes que demonstram que o ajuste fiscal está em curso e que cabe ao governo de uma nação independente dimensioná-lo às necessidades e possibilidades do país.

Após uma sucessão de anos com elevados déficits primários, recessão e ­baixo crescimento econômico, sem falar na hecatombe provocada pela pandemia, que condições teria o Brasil de promover uma rápida transição para elevados superávits primários sem provocar pesado custo social sobre a nossa população? Deixam também de lado o fato de que, diante do déficit primário de 2,29% do PIB em 2023, a meta de resultado primário de 0% em 2025 representa um ajuste considerável para qualquer economia e, principalmente, para uma sociedade marcada por fortes desigualdades como a brasileira.

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