Economia
Lula volta a criticar ‘sacanagem’ na privatização da Eletrobras
O presidente também voltou a garantir que não levará adiante a venda de outras estatais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira 11, que o modelo de privatização da Eletrobras foi uma “sacanagem”.
Na semana passada, a Advocacia-Geral da União acionou o Supremo Tribunal Federal para questionar trechos do processo, buscando igualar o poder de voto do Estado na companhia à sua participação acionária.
“A Eletrobras foi privada, o governo anterior queria o dinheiro para levar para o Tesouro para pagar juros da dívida interna dele. Hoje, nós não temos a estatal e ainda estamos devendo muito”, disse Lula no lançamento das plenárias estaduais do Plano Plurianual Participativo, em Salvador (BA).
“Vejam a sacanagem: o governo tem 43% das ações da Eletrobras, mas no conselho só tem direito a um voto. Quem tem 3% tem o mesmo direito que o governo.”
O presidente ainda criticou as dificuldades impostas a uma eventual tentativa do Estado de retomar o controle da empresa.
“Se o governo quiser comprar de volta a Eletrobras, e tiver um cara lá qualquer que ofereceu ‘x bilhões’, sabe o que eles colocaram na lei? Que o governo brasileiro, para comprar, tem de pagar três vezes a oferta que foi feita pelo setor privado”, prosseguiu. “Foi a sacanagem para evitar que o governo possa ser responsável por dar a energia de que o povo tanto precisa. Estamos vendo o que vamos fazer.”
Lula também voltou a garantir que não levará adiante processos de privatização de outras estatais. “Nós não vamos vender mais nada da Petrobras e os Correios não serão vendidos. Nós fazemos fazer com que a Petrobras entregue o diesel e a gasolina mais baratos.”
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.