Economia

Lógica de Paulo Guedes era acabar com o FGTS, diz Marinho

Em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo , o ministro defendeu o fim do saque-aniversário do Fundo

Foto: Reprodução
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), pediu, durante reunião nesta segunda-feira 13, que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ajude a aprovar o fim do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A decisão caberá ao Conselho Curador do benefício, formado por representantes dos trabalhadores, empregadores e governo federal.

“Nós precisamos acabar com o saque-aniversário do Fundo de Garantia”, declarou. “Queria pedir apoio aos senhores nesse debate porque eu estou sendo muito atacado pelo povo do chamado mercado, mas aqui nós somos o mercado, não somos?”.

A modalidade da saque possibilita que os trabalhadores possam sacar parte do benefício no mês do seu aniversário. O mecanismo, porém, é alvo de críticas de Marinho, que o considera um “engodo, porque atrapalha a lógica da indústria porque vai enfraquecendo o fundo para investimento”. Para o ministro, o FGTS teve seus papéis desvirtuados pelo governo Bolsonaro.

“O governo anterior criou o saque aniversário porque a lógica do Paulo Guedes era acabar com o Fundo, essa é a grande verdade”, prosseguiu.” Seguramente vamos pautar no curador do FGTS esse assunto e quero contar com o apoio da indústria lá”.

Durante o encontro, o ministro recebeu o apoio do diretor do Departamento Sindical da Fiesp, Paulo Henrique Schoueri, que ressaltou a existência de um parecer da entidade contra o saque aniversário.

“Somos contrários ao saque por ‘n’ motivos porque eu tenho a mesma visão. Eu, não, o Departamento [Sindical], de que ele foi instituído com uma finalidade específica, no caso de o trabalhador ter a necessidade em sua demissão, e se ele fica sacando por diversas razões, ele perde a razão de ser”, defendeu.

Aos empresários que participaram da reunião, Marinho ainda sinalizou que o governo federal não pretende revogar a reforma trabalhista, aprovada em 2017 durante o governo Michel Temer (MDB). Ele, porém, pontuou que as relações de trabalharam se deterioraram após o que chamou de “golpe” contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Não cabe a palavra revogar, cabe revisitar o que foi feito, observar os excessos de precarização do trabalho e fazer as correções. Não cabe voltar ao que era, mas é preciso uma atualização”, ponderou.

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