IPCA sobe 0,23% em agosto, abaixo do esperado pelo mercado

Analistas esperavam variação da inflação de 0,28% no mês; variação foi puxada pelo aumento da energia elétrica residencial

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado um índice de monitoramento oficial da inflação no País, teve uma variação de 0,23% em agosto, informou, nesta terça-feira 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A variação ficou acima do registrado em julho, quando o índice marcou aumento de 0,12%. Mesmo assim, o resultado foi abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro, que previam o aumento de 0,28% para o período. 

No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, 4,61%. 

O resultado do ano, vale registrar, se aproxima da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional para 2023, que é de 3,25%. Há nesta meta um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em agosto, diz o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta. O principal destaque do mês foi para o grupo da Habitação, com influência da alta do valor da energia elétrica, que registrou aumento de 4,59% e impactou 0,18 pontos percentuais no índice geral. 

Por outro lado, o grupo da Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo,  em grande parte devido ao recuo nos preços da alimentação no domicílio, com queda de -1,26% no mês. 


A queda pode ser atribuída a uma maior oferta com relação a alguns itens mais importantes do consumo das famílias, como a carne bovina e o frango.

Essa é a última divulgação do IPCA antes da reunião do Copom, que vai definir a nova taxa básica de juros no país. O encontro está programado para a próxima terça-feira 19, com indicação de que deve manter o ritmo de queda iniciado em agosto. O resultado da inflação abaixo do esperado pelo mercado deve contribuir para um novo corte na Selic.

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