Economia

‘Injusta e desnecessária’: Pacheco critica declaração de Haddad sobre responsabilidade fiscal do Congresso

O ministro da Fazenda cobrou o Legislativo e afirmou que ‘virou um parlamentarismo’

A aprovação da taxação de offshores e fundos exclusivos pelo Senado comandado por Pacheco é uma vitória, ainda que parcial, de Haddad – Imagem: Jefferson Rudy/Ag. Senado e Diogo Zacarias/MF
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou neste sábado 27 ser “injusta” e “desnecessária” uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a responsabilidade fiscal do Congresso Nacional.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Haddad disse haver um desequlíbrio, uma vez que, em sua visão, apenas o Executivo é obrigado na prática a respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“É preciso dizer que o Congresso também tem que respeitar a mesma lei. E que atos que não a respeitem precisam ser suspensos”, reforçou o ministro, em referência à ação do governo federal que levou à suspensão da desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios. “Se o Parlamento tem as mesmas prerrogativas do Executivo, ele deve ter também as mesmas obrigações.”

“Virou um parlamentarismo que, se der errado, não dissolve o Parlamento, e sim a Presidência da República, e chama o vice.”

Em nota, Pacheco afirmou haver diferença entre ter responsabilidade fiscal e “exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”.

O senador citou matérias aprovadas pelo Congresso nos últimos anos, como a reforma da Previdência e o teto de gastos, e disse que deputados e senadores garantiram uma arrecadação recorde do Estado em 2023.

“Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso”, completou.

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