Economia
Inflação tem alta de 0,83% em fevereiro
Segundo o IBGE, responsável por monitorar o índice, a alta foi puxada por aumento de preços no setor da Educação
A inflação de fevereiro teve alta de 0,83%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por monitorar o índice no País.
Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – usado para medir a inflação – tinha fechado em alta de 0,42%. No ano, a alta é de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira 12.
Segundo o instituto, o índice de fevereiro foi impactado pelos preços no setor de Educação. O grupo subiu 4,98% no mês, tendo o impacto mais significativo (0,29 pontos percentuais) no IPCA geral.
“Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida, em nota.
Conforme mostra o IBGE, as maiores altas nos preços vieram do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). O curso técnico também subiu (6,14%), assim como as mensalidades do ensino superior (3,81%) e da pós-graduação (2,76%).
Além da Educação, outros seis grupos pesquisados tiveram alta em fevereiro. De acordo com o instituto, a inflação do mês foi pressionada pelo grupo de Alimentação e bebidas, influenciado pelo clima, e pelos Transportes, impactado pelo aumento no preço dos combustíveis.
Apenas dois apresentaram queda. São eles os Artigos de residência e o grupo de vestuários.
Alta do INPC
Habitualmente, o IBGE também divulga os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em fevereiro, a taxa também teve alta, de 0,81%. O INPC atual está acima do registrado no mês anterior (0,57%). No ano, o INPC acumula alta de 1,38% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%.
“Os produtos alimentícios tiveram variação de 0,95% enquanto os não alimentícios registraram 0,77%. Todas as áreas registraram alta, com a maior variação em Aracaju (1,01%), influenciada pela alta da gasolina (10,45%), e a menor variação em Goiânia (0,51%), puxada pelas quedas da passagem aérea (-23,75%) e das carnes (-1,40%)”, detalha o instituto em nota.
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