CartaExpressa
Haddad descarta discutir saída de Campos Neto do BC: ‘Não é assunto para o ministro da Fazenda’
O ministro da Fazenda também criticou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não discutirá a interrupção do mandato de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central. Para ele, este “não é um assunto para o ministro da Fazenda”. A declaração foi concedida em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira 3.
“Eu tenho que trabalhar com a minha realidade, e ela é a seguinte: tenho um Banco Central independente – que não fui eu que criei -, ele tem um mandato até o final do ano que vem e eu vou respeitar”, destacou.
Haddad tem um encontro previsto com Campos Neto para esta segunda, a fim de tratar sobre a proposta de regra fiscal apresentada pelo governo na semana passada. A reunião acontecerá na sede do ministério e contará com a presença de quatro diretores do BC e de Gabriel Galípolo, secretário-executivo da Fazenda.
Durante a entrevista, o ministro também criticou a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% – o maior índice desde 2016.
“É óbvio que tem espaço, na minha opinião, tem espaço para corte [da Selic]. Quando vai ser esse corte? Vai ser no terceiro, quarto Copom? Não sei, não estou lá dentro, mas eu acho que tem espaço para corte suficiente para garantir que economia brasileira se reestabilize.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Haddad projeta arrecadar até R$ 15 bilhões com tributos sobre apostas esportivas
Por CartaCapital
Haddad anuncia a nova regra fiscal nesta quinta-feira
Por CartaCapital