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Gás de cozinha ultrapassa recorde histórico de preço em 71 cidades brasileiras, diz levantamento
Seis das 10 cidades com maior custo no botijão estão na região Norte, que é abastecida parcialmente por uma refinaria privatizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
Um levantamento feito pelo Observatório Social do Petróleo aponta que o preço do gás de cozinha ultrapassou a maior média nacional semanal do século em novembro, ultrapassando a casa dos 113 reais em 71 cidades brasileiras. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira 22, foi realizada com base em dados da Agência Nacional do Petróleo.
Na cidade de Tefé, no Amazonas, o botijão chegou a superar em quase 34% o recorde histórico, com o vasilhame de 13k de gás liquefeito de petróleo sendo comercializado a 152 reais, o preço mais caro do País.
“A cidade de Tefé está localizada a apenas 180 km do Polo Urucu, a maior reserva terrestre de gás natural do país, e é o ápice da contradição que justo nessa região a população seja condenada a pagar os preços mais altos”, afirma Adaedson Costa, secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros.
Logo em seguida estão os municípios de Alta Floresta e Sinop, ambos no Mato Grosso, onde o vasilhame é vendido a 145 e 138,63 reais, respectivamente.
A pesquisa revela que, na semana de 12 a 18 de novembro, o preço do botijão variou de 114 a 152 reais em 456 municípios brasileiros. Em 71 dessas cidades, os valores ultrapassaram a marca histórica que remonta a julho de 2001, quando a ANP começou a divulgar os preços do gás de cozinha.
Seis das 10 cidades com maior custo no botijão estão na região Norte, que é abastecida parcialmente pela Refinaria da Amazônia, privatizada há quase um ano pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na lista geral dos 71 municípios acima do recorde do século aparecem três cidades do Rio de Janeiro e três de São Paulo. No Rio, Macaé cobra 123 reais pelo botijão, sendo o município com o preço mais caro do estado. Logo em seguida, estão Itaguaí (121) e Angra dos Reis (114,84).
Já em São Paulo, o maior custo do gás de cozinha foi constatado em Marília (114,44), seguido por Itapeva (114,16) e Guarujá (114,09).
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