Economia

Etanol disparou 62% e gasolina subiu 47%; veja mais ‘vilões’ da inflação em 2021

Juntos, transporte, habitação, alimentos e bebidas representam 79% do IPCA em 2021

Quem lembra do etanol? (Foto: USP Imagens)
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O Brasil fechou 2021 com uma inflação acumulada de 10,06%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira 11. Trata-se da maior taxa registrada desde 2015, quando o IPCA chegou a 10,67%.

Os combustíveis foram os principais responsáveis pela alta de preços no ano passado. O etanol, por exemplo, foi o item que mais subiu na lista monitorada pelo IBGE, registrando aumento de 62,2% no acumulado do ano. A gasolina não ficou para trás, praticamente dobrando de preço no mesmo período, com alta de 47,5%. O óleo diesel, que é usado nos caminhões e impacta diretamente no preço de outros itens transportados por rodovias, também registrou salto significativo, de 46% nos últimos 12 meses.

O café moído foi outro item a pesar no bolso dos brasileiros. Integrante da lista de alimentos e bebidas acompanhada pelo instituto, o produto subiu 50,2% em apenas um ano. O açúcar seguiu o mesmo caminho, saltando 47,8% no período. Já os preços da batata inglesa e do arroz, responsáveis pelo aumento dos alimentos em 2020, deram uma trégua, registrando queda de 22,8% e 16,8%, respectivamente.

Dentro de casa, os brasileiros também sentiram no bolso o aumento da conta de luz (21,2% em 12 meses) e do botijão de gás (36,99% em 12 meses). Os dois itens fizeram com que o setor de habitação fosse a segunda maior fatia do acumulado de 10,06% do IPCA. Juntos, os grupos transporte, habitação e alimentação e bebidas foram responsáveis por 79% do índice acumulado em 2021.

Outros aumentos, como os de produtos eletrônicos e materiais de construção, também não deram trégua aos brasileiros. O televisor, por exemplo, fechou o ano com alta de 19,1%, enquanto materiais hidráulicos saltaram 23,1% e revestimentos de pisos e paredes registraram alta de 21,2% no período. Já o grupo dos vestuários, que havia sido o único com queda em 2020, fechou o ano passado com a quarta maior variação, de 10,3%.

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