Rotulado por financistas e obscurantistas de vários matizes como um retorno a erros do passado, o conjunto de iniciativas do governo para aumentar os investimentos produtivos, preservar o mercado doméstico e valorizar os trabalhadores foi, contudo, praticado antes, com enorme sucesso, nos Estados Unidos e em outros países e pavimentou o caminho para a ampliação e o fortalecimento da classe média, o desenvolvimento tecnológico e o progresso econômico e social. As ações governistas inscrevem-se ainda na tendência mundial ao aumento da autonomia produtiva das economias nacionais, em uma reação aos fracassos da globalização e aos problemas gerados pela pandemia da Covid-19, guerra na Ucrânia e aumento dos conflitos no Oriente Médio.
As iniciativas incluem o investimento de 8,6 bilhões de reais na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a retomada das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a aceitação dos sindicatos como interlocutores e participantes de decisões do governo, a taxação de importações de carros elétricos chineses e o empenho na indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o Conselho da Vale.
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