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Batalha naval

O palco do conflito no Oriente Médio desloca-se para o Mar Vermelho

Os militantes houthis não parecem intimidados pelos ataques aéreos dos Estados Unidos – Imagem: AFP e USS Carney/Marinha EUA
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No último verão do Hemisfério Norte, enquanto Washington tentava discretamente convencer a Arábia Saudita a rea­lizar o grande acordo de normalização das ­suas relações com Israel, os diplomatas em Riad estavam muito mais concentrados em garantir um acordo de paz diferente nas suas fronteiras meridionais com uma das insurgências mais bem-sucedidas dos tempos modernos, aquela liderada pelos rebeldes houthis do Iêmen, também conhecidos como Ansar Allah, ou “Apoiadores de Deus”.

Com um cessar-fogo informal no ­Iêmen, e após meses de conversas privadas mediadas principalmente em Omã, em 14 de setembro uma delegação ­houthi voou para Riad, onde se encontrou com o príncipe Khalid bin Salman, ministro da Defesa e irmão do príncipe herdeiro. Ainda havia grandes diferenças a resolver, mas, após décadas de várias formas de luta, parecia que a paz chegaria ao ­país, e em grande parte nos termos ditados por um grupo que não existia realmente como força política no Iêmen até o início dos anos 2000. A Arábia Saudita iria finalmente reduzir suas perdas na desastrosa ofensiva que lançou em 2015 para repelir os houthis. Vinte e três dias depois da reunião em Riad, o Hamas rompeu a fronteira com Israel, massacrou israelenses e desencadeou uma série de acontecimentos que agora deixaram o Iêmen exposto a um ataque de dois dias por submarinos e navios de guerra dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, no Mar Vermelho.

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