O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 24 haver “outros problemas” ligados à concessão de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS.
O tema se converteu em polêmica após o Conselho Nacional de Previdência Social aprovar uma queda no teto de juros dessa modalidade, o que fez bancos começarem a suspender a oferta do crédito.
Na semana passada, o CNPS reduziu de 2,14% para 1,70% ao mês o índice máximo de juros no empréstimo pessoal. Entre as instituições que interromperam a concessão estão Bradesco, Itaú, Pan e Daycoval, além dos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Na última terça-feira 21, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo Lula irá “buscar, ouvindo o mercado, ouvindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, um número que seja inferior a 2,14%, que é o que os bancos estavam praticando”.
Questionado, em entrevista à GloboNews, se a taxa poderia ficar em 2%, ele respondeu: “Um pouco menos que isso”.
Nesta sexta, Haddad declarou que “alguns bancos já estão com taxa inferior a 2%”, mas mencionou mais dificuldades.
“A gente identificou outros problemas que até inspiram mais cuidados. Por exemplo, o rotativo do consignado”, disse o ministro da Fazenda. “Preocupa muito, porque muitas famílias não estão conseguindo sair do rotativo do consignado. Estamos levantando outros problemas.”
Uma reunião encabeçada pela Fazenda com outros membros do governo e representantes de bancos nesta sexta terminou sem um acordo. Haverá um novo encontro na segunda-feira 27, véspera da reunião do CNPS que definirá o novo teto dos juros.
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