Economia
Conheça Gabriel Galípolo, o número 2 de Haddad no Ministério da Fazenda
Ao longo da campanha, o economista trabalhou para reduzir a resistência a Lula no chamado mercado financeiro
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu nesta terça-feira 13 o economista Gabriel Galípolo para ocupar o posto de secretário-executivo da pasta.
A decisão foi confirmada após duas agendas de Haddad em Brasília: uma reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e outra com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.
Galípolo já integrava o governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especificamente o Grupo de Trabalho da Infraestrutura. Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ele é pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais. Também foi presidente do Banco Fator de 2017 a 2021 e professor da Graduação da PUC-SP.
Ao longo da campanha eleitoral, Galípolo foi uma peça-chave na estratégia do PT de reduzir a resistência a Lula no chamado mercado financeiro. No fim de novembro, durante participação no Fórum Esfera Brasil, demonstrou alinhamento às críticas do governo eleito ao teto de gastos, regra que limita despesas da gestão federal à inflação do ano anterior.
Na ocasião, disse que o teto já passou da fase do funeral e está mais “para a missa de sétimo dia”. “Uma regra fiscal que funciona por excepcionalidades o tempo todo é uma regra que já não existe”, avaliou.
Disse ainda não ver incompatibilidade entre o crescimento do País e o desenvolvimento ambiental, nem entre a responsabilidade fiscal e o combate à desigualdade social.
No currículo, Gabriel Galípolo ainda ostenta o posto de chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo, em 2007, e o de diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento paulista, no ano seguinte.
CartaCapital
Há 29 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
Se a PEC da Transição não for aprovada, será o caos, diz Marcelo Castro
Por CartaCapital
PEC da Transição: Relator detalha Orçamento para viabilizar votação nesta semana
Por Agência O Globo
O que ainda trava a votação da PEC da Transição na Câmara
Por Alisson Matos