A inflação segue em disparada e castiga o bolso dos brasileiros. O IBGE divulgou nesta sexta-feira 11 o IPCA de fevereiro, que avançou 1,01%, a maior taxa para o mês desde 2015. No acumulado de 12 meses, a alta é de 10,54%.
Levantamento da Trading Economics, plataforma que analisa os dados históricos e as projeções de quase 200 países, demonstra que a inflação brasileira é a terceira maior entre as nações do G-20. O monitoramento leva em conta o índice acumulado em 12 meses.
Situação pior no G-20 vivem apenas a Turquia, com 54,44%, e a Argentina, que até janeiro acumulava uma inflação de 50,7%.
No Brasil, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta em fevereiro. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (5,61%) vieram da Educação.
Veja a variação e o impacto por grupos:
O brasileiro continua a sofrer com os preços dos alimentos e dos combustíveis. Em 12 meses, a gasolina acumula alta de 32,62%. Dispararam também o diesel (40,54%), o etanol (36,17%) e o gás de botijão (27,63%).
A tendência, no caso dos combustíveis e dos alimentos, ainda é de sensível piora, já que os dados publicados pelo IBGE não refletem o mega-aumento anunciado nesta semana pela Petrobras sobre a gasolina, o diesel e o gás de cozinha.
Veja as principais altas no grupo de alimentos:
- Cenoura: 83,42%
- Café moído: 61,19%
- Mamão: 57,24%
- Melancia: 50,11%
- Mandioca: 46,23%
- Açúcar refinado: 43,77%
Chamam a atenção, ainda, as disparadas do tomate (31,33%), da alface (30,62%), do frango em pedaços (25,16%) e dos alimentos para animais (23,58%).
Enquanto isso, a energia elétrica residencial subiu 28,12%, o transporte por aplicativo ficou 27,68% mais caro e a passagem aérea disparou 17,49% em 12 meses.
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