Economia

Bolsonaro diz que governo ‘jamais’ controlará preços de combustíveis

Presidente também revelou que considera projeto para fixar valor de ICMS ou a incidência do tributo em preços nas refinarias

Entrevista coletiva do presidente Jair Bolsonaro e de ministros nesta sexta-feira 5. Foto: Reprodução/TV Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira 5, após reunião com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que o governo não interferirá nos preços de combustíveis praticados pela estatal.

“Temos esse compromisso, bem como respeitar contratos e jamais intervir, seja qual forma for, contra outras instituições, como no caso aqui a nossa Petrobras”, declarou o presidente. “Jamais controlaremos preços da Petrobras. A Petrobras está inserida em contexto mundial de políticas próprias, e nós a respeitamos”.

Bolsonaro ainda revelou que considera apresentar um projeto para estabelecer um valor fixo de ICMS sobre combustíveis ou para que o imposto incida sobre o preço nas refinarias, não nas bombas. O encontro com o presidente da Petrobras tinha o objetivo de tentar contornar a alta de preços como o da gasolina e o do diesel.

“Caso seja viável e juridicamente possível, nós apresentaremos ainda na próxima semana [um projeto] fazendo com que o ICMS venha a incidir sobre o preço do combustível nas refinarias ou um valor fixo para o álcool, a gasolina e o diesel”, acrescentou. “E quem vai definir esse percentual ou esse valor fixo serão as respectivas assembleias legislativas”.

O presidente voltou a agradecer aos caminhoneiros por não entrarem em greve na semana passada e tornou a criticar as medidas de distanciamento social adotadas por prefeitos e governadores para controlar a disseminação do novo coronavírus.

Segundo ele, “em parte estamos pagando o preço da política do ‘fique em casa’ pelo ‘fique em casa'”. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro também repetiu que a capacidade de envidamento do País “está no limite” e reforçou que o auxílio emergencial pago a trabalhadores vulneráveis em meio à pandemia tinha justamente um caráter “emergencial”.

Na quinta-feira 4, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente adiantou que pautaria a privatização da Petrobras na reunião com Castello Branco. “Convoquei todos os ministros e o presidente da Petrobras, e mais alguns que vão aparecer lá. Eu quero tratar de forma pública essa questão. A Petrobras é uma empresa importante, sim. Tem que ser privatizada ou não? Qual a sua opinião? Então, é isso que a gente tem que conversar amanhã [hoje]”.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo