Economia

Bolsa brasileira despenca mais de 10% e negócios são interrompidos

A desvalorização é um reflexo da maior queda do petróleo em 29 anos e o avanço do coronavírus

Que na Bolsa brasileira. Foto: Agência Brasil
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A Bolsa de valores do Brasil sentiu o efeito da queda do petróleo e do avanço do coronavírus no mundo. Nesta segunda-feira 09, o principal índice, a B3, abriu em forte queda de mais de 10%.

Pela regra da B3, quando a queda passa de 10% é acionado automaticamente o circuit breaker, mecanismo que interrompe as negociações de papeis por 30 minutos. Caso após a reabertura das negociações o Ibovespa continue em queda e o tombo chegue a 15%, as operações serão novamente paralisadas, dessa vez por 1 hora.

O dólar também sentiu o efeito da queda do petróleo. A moeda americana voltou a bater um novo recorde em seu preço, sem levar em conta a inflação, e chegou ao valor de R$4,79. O valor para turismo chega a R$5,06 em cartões pré-pagos.

As cotações do petróleo caíram quase 30% nesta segunda-feira 09, a queda mais expressiva desde a guerra do Golfo em 1991, depois que a Arábia Saudita provocou uma guerra de preços com grandes descontos em seu produto.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, e seus sócios, liderados pela Rússia, não alcançaram um acordo para reduzir a produção e apoiar os preços, em um contexto de queda da demanda provocada pelo coronavírus.

Após o fracasso das negociações, a Arábia Saudita decidiu no domingo adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, o que provocou uma tempestade nos mercados.

Em Riad, a Bolsa operava em queda de mais de 9% nesta segunda-feira, enquanto as ações da petroleira nacional Aramco recuavam 10%.

Ao mesmo tempo, as Bolsas europeias iniciaram a segunda-feira com quedas de até 12%. O desabamento do preço do petróleo pode ter outras consequências, de acordo com os analistas.

“A queda de 30% do preço do petróleo não tem precedentes e está provocando uma grande onda de choque nos mercados financeiros”, disse Margaret Yang, analista da CMC Markets.

De acordo com a agência Bloomberg, a Arábia Saudita cortou entre 4 e 6 dólares o preço de seus barris para entrega em abril destinados à Ásia e em 7 dólares os destinados aos Estados Unidos.

A empresa Aramco reduziu o preço do barril de Arabian Light a um valor sem precedentes de 10,25 dólares, segundo a agência.

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