Economia

Petróleo tem sua maior queda em 29 anos e derruba Bolsas na Ásia e Europa

Com uma queda de 30%, a Bolsa brasileira também deverá ser afetada nesta segunda-feira

Bolsas europeias iniciam a semana com quedas expressivas. Foto: AFP
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As cotações do petróleo caíram quase 30% nesta segunda-feira 09, a queda mais expressiva desde a guerra do Golfo em 1991, depois que a Arábia Saudita provocou uma guerra de preços com grandes descontos em seu produto.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, e seus sócios, liderados pela Rússia, não alcançaram um acordo para reduzir a produção e apoiar os preços, em um contexto de queda da demanda provocada pelo coronavírus.

Após o fracasso das negociações, a Arábia Saudita decidiu no domingo adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, o que provocou uma tempestade nos mercados.

Em Riad, a Bolsa operava em queda de mais de 9% nesta segunda-feira, enquanto as ações da petroleira nacional Aramco recuavam 10%.

Ao mesmo tempo, as Bolsas europeias iniciaram a segunda-feira com quedas de até 12%. O desabamento do preço do petróleo pode ter outras consequências, de acordo com os analistas.

“A queda de 30% do preço do petróleo não tem precedentes e está provocando uma grande onda de choque nos mercados financeiros”, disse Margaret Yang, analista da CMC Markets.

De acordo com a agência Bloomberg, a Arábia Saudita cortou entre 4 e 6 dólares o preço de seus barris para entrega em abril destinados à Ásia e em 7 dólares os destinados aos Estados Unidos.

A empresa Aramco reduziu o preço do barril de Arabian Light a um valor sem precedentes de 10,25 dólares, segundo a agência.

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