Bolsa brasileira opera em alta após dia caótico

A melhora acompanha as principais bolsas do mundo, que também iniciaram o dia em alta

Que na Bolsa brasileira. Foto: Agência Brasil

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*Atualizado às 16:45

Após um dia de caos, com uma queda que atingiu quase 20% e com duas paradas, a Bolsa de Valores brasileira abriu esta sexta-feira 13 em alta e oscilou durante o dia. Por volta das 16h45, a Bolsa operava em alta de 11,15%, a 80.675 pontos. O dólar tem alta de 1,32%, cotado a 4,85 reais.

O dia começou com uma alta de 14%, mas o crescimento foi reduzido. Esse número sinaliza uma trégua após fortes perdas na semana na esteira do clima de pânico nos mercados com a pandemia de coronavírus.

As principais bolsas do mundo começaram o dia em recuperação. As Bolsas da Europa iniciaram a sexta-feira com altas significativas, após as quedas históricas da véspera. A Bolsa de Paris avançava 4,7%, Londres 6% e Frankfurt 2,75%. Madri também operava em alta de 6%.

Em valor de mercado, as companhias listadas na bolsa perderam R$ 489,2 bilhões apenas nesta quinta-feira. No ano, elas já encolheram R$ 1,528 trilhão.


O dólar sentiu o efeito desse crescimento e começou o dia em queda, chegando a R$4,70. A moeda americana chegou a bater o recorde de R$5 nesta quinta-feira 12, um valor nunca atingido na história.

E o Banco Central também fará novas intervenções para tentar diminuir o valor da moeda americana. Nesta manhã serão realizadas duas operações para incentivar a queda. Na semana, o dólar acumula alta de 1,88%. Na parcial do mês, o avanço é de 5,37%. Em 2020, a alta chega a 17,75%.

Efeito coronavírus

O mercado financeiro mundial está refletindo as consequências dos efeitos do coronavírus, que foi considerado pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Na segunda-feira, outro fator influenciou na quebra dos mercados: a queda do petróleo, que após 29 anos atingiu 30%.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e seus sócios, liderados pela Rússia, não alcançaram um acordo para reduzir a produção e apoiar os preços, em um contexto de queda da demanda provocada pelo coronavírus.

Após o fracasso das negociações, a Arábia Saudita decidiu no domingo adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, o que provocou uma forte turbulência nos mercados financeiros.

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