Bola de neve

O Idec condena os mutirões de renegociação de dívida, enquanto a inadimplência da população bate recordes

Armadilha. Os feirões não resolvem, às vezes até estimulam o aumento da dívida, diz Ione Amorim, do Idec - Imagem: IDEC e Renato Luiz Ferreira

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O endividamento e a inadimplência batem recordes no Brasil. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, o porcentual de famílias endividadas em junho atingiu 77,3%, terceiro maior nível da série histórica, iniciada em 2010. A taxa só é inferior àquelas aferidas em abril e maio, de 77,7% e 77,4%, respectivamente. Os dados mostram ainda que, desde julho de 2021, a taxa de endividamento se supera a cada mês, com os 12 níveis mais elevados da série histórica, sempre acima de 71%. O porcentual de famílias brasileiras com contas atrasadas, por sua vez, atingiu, em abril e maio, o maior nível desde agosto de 2007, com taxas de 28,6% e 28,7%, respectivamente. Em junho, o indicador permaneceu muito próximo, 28,5%.

Dados da Serasa Experian mostram um quadro semelhante. O levantamento mais recente, de maio, aponta 66,6 milhões de pessoas físicas com parcelas não pagas, recorde da série histórica, iniciada em 2016. São 66,1 milhões de CPFs negativados. A tendência é piorar. “O número nunca tinha passado dos 66 milhões e ocorreu pela primeira vez em abril”, assinala o economista da Serasa Luiz Rabi, que antevê novos recordes “ao longo do próximo trimestre ou até o fim do ano”, em razão da escalada conjunta de inflação e taxas de juro.

Os acordos não são adequados, aponta o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. O BC e a Febraban discordam

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