Economia

Após reunião, governo Lula deve buscar ‘solução intermediária’ para juros do consignado do INSS

Após o Conselho Nacional de Previdência Social aprovar a queda das taxas, bancos começaram a suspender a oferta da modalidade

Após reunião, governo Lula deve buscar ‘solução intermediária’ para juros do consignado do INSS
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Foto: arquivo
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O governo Lula tende a buscar um “meio-termo” em relação aos juros do empréstimo consignado do INSS. Dias após o Conselho Nacional de Previdência Social aprovar a queda das taxas, bancos começaram a suspender a oferta dessa modalidade.

O CNPS reduziu de 2,14% para 1,70% ao mês o índice máximo de juros no empréstimo pessoal. Entre as instituições que interromperam a concessão estão Bradesco, Itaú, Pan e Daycoval, além dos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Nesta segunda-feira 20, houve uma reunião no Palácio do Planalto com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Lupi (Previdência). A solução intermediária buscada pelo governo deve envolver uma taxa acima de 1,7%, mas menor que 2,14%. Os detalhes, no entanto, não foram definidos.

“A expectativa é chegar a um acordo sobre a taxa. Há previsão de que na próxima semana, o ministro da Previdência convoque uma nova reunião do Conselho Nacional da Previdência Social para discutir o tema”, informou a Casa Civil.

Além disso, a projeção é de que haja uma reunião na próxima sexta-feira 24, com a presença de representantes dos bancos e do governo.

Na semana passada, Lupi afirmou a CartaCapital que os bancos têm liberdade, mas não podem cobrar taxas abusivas de aposentados e pensionistas.

“Compare os dados oficiais do Banco Central dos consignados dos funcionários ativos e os dos beneficiários do INSS. A mesma garantia e valores completamente diferentes. Por que para um pode e para o outro não?”, questionou.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos alegou que “os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada”.

A Febraban reforçou, no entanto, que cada banco “segue sua estratégia comercial de negócio na concessão, ou não, da linha de crédito consignado para beneficiários do INSS”.

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