Economia
A contradança das moedas
Um esquema para equilibrar países superavitários e deficitários
Dois sabichões de Crematística, Paul Krugman e Olivier Blanchard, dispararam seus arcabuzes contra o projeto de um novo regime para regular as transações comerciais entre os países latino-americanos. O projeto foi apenas anunciado no encontro entre os presidentes do Brasil e da Argentina, Lula e Alberto Fernández. Apenas anunciado, mas alvejado pelo tiroteio dos dois reverenciados economistas. Krugman bateu firme: “Uma ideia terrível”.
Um pouco de história. Na derradeira versão de sua proposta apresentada em 1943, antes dos debates em Bretton Woods, Keynes traçou o perfil do Bancor. Ele dizia que as turbulências monetárias dos anos 20 recomendavam a adoção de uma moeda internacional que não seja determinada de forma imprevisível ou arbitrária, como, por exemplo, pela oferta de ouro, nem esteja sujeita a grandes flutuações, devido às políticas dos países individuais; mas, sim, regulada pelas necessidades reais do comércio mundial, ou seja, suscetível de expansão ou contração, para compensar tendências deflacionárias ou inflacionárias na demanda global efetiva.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.