Economia

123 Milhas apresenta pedido de recuperação judicial

A platafrma suspendeu pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional na semana passada

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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A plataforma de turismo 123 Milhas protocolou nesta terça-feira 29 um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG). A petição aponta o valor da causa em 2,3 bilhões de reais.

Em nota publicada em 18 de agosto, a companhia informou ter interrompido a emissão de passagens e pacotes da linha Promo (com datas flexíveis).

Na segunda-feira 28, a 123 Milhas anunciou uma reestruturação, com um número de demissões não especificado. Também divulgou a suspensão do site HotMilhas, voltado à compra e à venda de milhas aéreas.

Segundo o pedido de recuperação, os resultados do segmento Promo não foram atingidos, porque a empresa esperava que os clientes também adquirissem outros produtos ligados à viagem.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, diz um trecho do documento.

A 123 Milhas argumenta também que a crise foi agravada por “inesperado aumento e persistência dos altos dos preços das passagens no período pós-pandemia”. A companhia diz que esperava uma redução nos preços, diante da expectativa de ampliação no número de voos oferecidos pelas companhias aéreas com o fim da emergência sanitária.

Segundo o pedido de recuperação judicial, porém, o cenário projetado não se concretizou, em função de um aumento da demanda acima da ampliação da oferta, além da elevação no preço do combustível de aviação.

Quando a Justiça aceita um pedido de recuperação judicial, as cobranças e os processos de dívidas são suspensos por 180 dias, prorrogáveis pelo mesmo período. Ações trabalhistas e execuções fiscais podem continuar a ser cobradas nesse período.

Após a nomeação de um administrador judicial, a empresa tem até 60 dias para apresentar um plano de recuperação, a envolver o pagamento das dívidas e a venda de ativos ou até a fusão com outra companhia. Credores têm 30 dias para apresentar objeções.

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