Do Micro Ao Macro

Fraudes no e-commerce podem consumir até 2% da receita e derrubar em 30% a rentabilidade, aponta estudo

Levantamento mostra aumento de golpes online, avanço do Pix entre fraudadores e uso de IA para conter perdas

Fraudes no e-commerce podem consumir até 2% da receita e derrubar em 30% a rentabilidade, aponta estudo
Fraudes no e-commerce podem consumir até 2% da receita e derrubar em 30% a rentabilidade, aponta estudo
Criminosos visam empresas do Simples Nacional com golpes digitais Criminosos visam empresas do Simples Nacional com golpes digitais
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O comércio eletrônico na América Latina enfrenta um cenário de crescimento acompanhado por desafios crescentes em segurança. De acordo com o estudo O Impacto da Fraude Online na América Latina, elaborado pela Koin em parceria com a consultoria GMattos, os prejuízos com fraudes digitais já representam até 1,9% da receita bruta das lojas virtuais da região. Quando somado aos custos de prevenção, o impacto pode comprometer diretamente a rentabilidade dos negócios, reduzindo o Ebitda em até 30%.

A análise revela que, embora o avanço do e-commerce abra oportunidades, ele também escancara vulnerabilidades. A América Latina lidera os índices globais de chargeback (reversão de pagamento pelos titulares de cartõe de crédito), com média superior a 3%. Só o Brasil responde por 55% de todas as vendas online da região, seguido por México (17%) e Colômbia (9%).

Fraudes no Pix dobram em um ano

O estudo indica ainda a rápida evolução dos golpes por meio do Pix. Entre 2023 e 2024, a taxa de fraudes dobrou: saltou de 1,7% para 3,2% das chaves cadastradas. A liquidez imediata, o baixo custo das operações e a facilidade de execução tornaram esse meio de pagamento um alvo preferencial entre criminosos.

A pesquisa mapeou também a estrutura de atuação dos fraudadores. Nos golpes com cartão de crédito, o esquema se divide entre a mineração de dados (com revenda de cartões por até 5 dólares), as compras fraudulentas (60% com sucesso) e a revenda dos produtos adquiridos (com até 50% de deságio). No caso do Pix, há três etapas principais: obtenção dos dados, contato automatizado com vítimas via bot e movimentação financeira.

Impacto direto no resultado

Segundo os dados da pesquisa, a média de conversão no e-commerce latino-americano está em 70%, bem abaixo do varejo físico, que supera 95%. Essa diferença afeta diretamente o desempenho financeiro das operações. Cada 5 pontos percentuais de aumento na conversão podem elevar em até 50% o Ebitda de negócios com margens mais estreitas.

Além disso, a redução dos custos totais com fraudes pela metade pode gerar um ganho de mais de 30% no resultado operacional das empresas.

Inteligência artificial reduz fraudes

Como resposta ao cenário, a Koin apresenta uma solução baseada em inteligência artificial e machine learning. Com uptime de 99,9%, o sistema antifraude da empresa opera com uma taxa de fraude de apenas 0,09% e aprova 98% das transações.

A tecnologia oferece recursos como análises comportamentais, validações invisíveis, autenticação sob demanda e segmentação por perfil de negócio. O resultado é um motor de decisão mais preciso, que melhora a taxa de conversão em até 15 pontos percentuais e reduz os custos com fraudes em até cinco vezes, segundo a empresa.

Principais dados do estudo

Panorama do e-commerce na América Latina

  • Brasil responde por 55% das vendas online
  • Brasil, México e Colômbia somam mais de 80% do total
  • Índice médio de chargeback na região: acima de 3%

Indicadores de conversão e impacto financeiro

  • Conversão média no e-commerce: 70%
  • No varejo físico: superior a 95%
  • Aumento de 5 p.p. na conversão pode elevar o Ebitda em até 50%
  • Redução pela metade no custo de fraude pode elevar o Ebitda em mais de 30%

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