Diversidade

Justiça do Rio autoriza recolhimento de livros com temas LGBT na Bienal

Presidente do TJ acata pedido da prefeitura após polêmica envolvendo HQ com personagens gays se beijando

Trecho da HQ "Vingadores: A cruzada das crianças" Foto: Reprodução
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O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Claudio de Mello Tavares, aceitou neste sábado 7 um pedido da prefeitura da capital fluminense para recolher na Bienal do Livro obras que tratem de temas LGTB –  Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros “de maneira desavisada” para crianças e jovens.

Com a decisão, os expositores só podem comercializar essas obras em embalagens lacradas e que contenham “advertência de seu conteúdo”.

Na última quinta-feira 5, depois de tomar conhecimento de uma história em quadrinho (Vingadores: A Cruzada das Crianças, da Marvel), que continha uma cena de beijo entre dois personagens homens, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, decidiu notificar os expositores da Bienal para que lacrassem esses livros.

Na notificação, a prefeitura afirmou que apreenderia livros que não estivessem lacrados e que poderia até cassar a licença para a feira.

 

Na sexta-feira 6, contudo, o desembargador Heleno Ribeiro Nunes, da 5ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, concedeu um mandado de segurança aos organizadores da Bienal para suspender os efeitos da notificação da prefeitura.

A decisão deste sábado suspende o mandado de segurança.

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