Diversidade

Entidade vai processar Ana Paula Valadão por crime de LGBTfobia

A pastora afirmou em seu programa que a Aids é consequência do pecado dos LGBTs

Entidade vai processar Ana Paula Valadão por crime de LGBTfobia
Entidade vai processar Ana Paula Valadão por crime de LGBTfobia
Entidade vai processar Ana Paula Valadão por crime de LGBTfobia. Foto: Reprodução.
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A Aliança Nacional LGBTI+ anunciou, neste sábado 12, que vai entrar com um processo contra a pastora Ana Paula Valadão por crime de LGBTfobia. Em seu programa Diante do Trono, apresentado por ela na Rede Super, a religiosa afirmou que a Aids é consequência do pecado cometido pelos LGBTs.

O vídeo viralizou neste sábado e o nome da cantora foi o assunto mais comentado no Twitter.

“A pastora ao associar o HIV a comunidade LGBTI, comete o mesmo equivoca daqueles que quiseram ligar a pandemia do coronavirus a China. É crime, vamos representa-la por LGBTFOBIA, nos termos da decisão do STF”, disse o advogado e coordenador da entidade, Marcel Jeronymo.

Em maio de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enquadrar a homotransfobia na Lei de Racismo, que prevê de 1 a 5 anos de prisão, e julgou o Poder Legislativo como omisso em relação a votar uma lei específica para a proteção da comunidade LGBT+.

Preconceito em família 

Nesta sexta (10), o irmão de Ana Paula, o também pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, declarou que gays não podem frequentar a igreja, mas somente, um clube gay.

“Entendi. São gays. A igreja tem um princípio bíblico. E a prática homossexual é considerada pecado. Eles podem ir para um clube gay ou coisa assim. Mas na igreja não dá. Esta prática não condiz com a vida da igreja. Tem muitos lugares que gays podem viver sem qualquer forma de constrangimento. Mas na igreja é um lugar para quem quer viver princípios bíblicos. Não é sobre expulsar. É sobre entender o lugar de cada um”, respondeu Valadão.

Em entrevista ao portal G1, a vice-presidente da Comissão de Diversidade e Gênero da OAB-MG, Emilia Viriato, afirmou que a mensagem de Valadão “atingiu a coletividade”. “Nós vamos apurar os fatos, é uma questão de direito”, afirmou.

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