Albert Einstein tinha opiniões claras sobre Robert Oppenheimer. “Lá vai um narr (bobo)”, observou, em 1954. Einstein acabara de passar uma hora tentando convencê-lo a renunciar à Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos. Era preferível abandonar o cargo, argumentou Einstein, a enfrentar um tribunal humilhante para responder a acusações de que ele representava um risco à segurança.
As tênues conexões de Oppenheimer com o Partido Comunista nos anos 1930 voltaram a assombrá-lo nos 1950, sob McCarthy. O físico, que dirigiu o projeto da bomba atômica dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, foi intimado a prestar contas de seu comportamento anterior e de suas antigas associações. “Não dê legitimidade a esse processo venenoso: abandone seu cargo e seu país”, insistiu Einstein.
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