Cultura
SP-Arte, que festeja 15 edições, começa nesta quarta-feira
Maior feira de arte instala-se no Ibirapuera e nas galerias da cidade, para mostrar o que está à venda no mercado
Maior feira de arte da América Latina, a SP-Arte chega neste ano à sua 15ª edição. O evento, que reúne obras de mais de 2 mil artistas, acontece entre os dias 3 e 7 de abril, no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, movimentando em seu entorno cerca de 140 galerias. No ano passado, mais de 30 mil pessoas visitaram a feira, que faturou 117 milhões de reais. Enquanto a crise devasta diversos setores, no ano passado os galeristas comemoraram uma retomada do mercado de arte.
A feira promove debates que são preciosos, como o evento Meet the Artists, para aproximar público, teóricos e criadores. No dia 7 de abril, das 16h30 às 17h30, os antropólogos Hélio Menezes e Lilia Schwarcz, do time curatorial da mostra Histórias Afro-Atlânticas (Masp), e Diane Lima, curadora do Valongo Festival Internacional da Imagem (2018), falam sobre artistas que desenvolveram trabalhos à margem da historiografia oficial da arte.
Esta edição se divide em três segmentos. O setor Solo, com curadoria de Alexia Tala, é dedicado à América Latina e a uma tentativa de reaproximação com a região, malgrado os esforços diplomáticos brasileiros no momento. Questões de identidade e aproximações temáticas estão no cerne. O recorte Masters, sob curadoria de Tiago Mesquita, trabalha a perspectiva dos nomes consagrados ou históricos e conceitua a sua importância. Já Marcos Gallon, diretor artístico da Verbo – Mostra de Performance Arte, cuida do segmento Performance. Como o nome diz, trata-se de um olhar sobre os suportes não convencionais, consagrados desde os anos 1970 no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.