Cultura
Presidente e quatro funcionários da Ancine são afastados dos cargos
Afastamentos foram feitos após pedidos da Justiça, que investigam repasse ilegal de informações internas da Agência
O presidente assinou, na noite desta sexta-feira 30, o afastamento do presidente da Ancine (Agência Nacional de Cinema), Christian de Castro, e de mais quatro funcionários da Agência após decisão judicial da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
De acordo com denúncias do Ministério Público Federal, Castro e os envolvidos são investigados por repassarem informações sigilosas à terceiros.
Castro e mais três funcionários já haviam sido alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal em dezembro do ano passado, segundo informou a coluna do jornalista Lauro Jardim. A investigação corre em sigilo.
No lugar de Christian Castro, entra temporariamente o advogado Alex Braga Muniz, que já tem experiência prévia na Agência.
Jair Bolsonaro não se manifestou sobre a decisão, apesar de estar em um embate com a Ancine por conta da realização de filmes dos quais o presidente discorda.
“Vamos buscar a extinção da Ancine. Não tem nada que o poder público tenha que se meter em fazer filme. Que tenha uma empresa de filme, privada, sem problema nenhum, mas o Estado vai deixar de patrocinar isso aí. Afinal de contas, eu não posso falar nomes de muito filmes patrocinados pela Ancine no passado. Não posso falar porque tem criança assistindo a nossa live“, criticou na ocasião.
Recentemente, o secretário da Cultura do Ministério da Cidadania pediu demissão após o cancelamento de um edital para séries com discussões LGBT+.
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