Cultura
Os fora da lei
Em um romance de ação passado no DF, Dan, escritor misterioso, mistura festinhas de aniversário e jogo do bicho
Na década de 1990, no Distrito Federal, tempo e lugar onde se desenvolve a maior parte da trama de Vale o Que Tá Escrito, o mundo é dividido entre as pessoas que têm um Chevette e as que têm um Vectra. Ter um ou outro carro, nos dirá Dan, autor brasileiro que mantém o mistério sobre sua identidade, exige um jogo de cintura entre o trabalho respeitado, bicos e alguma atividade fora da lei.
A atmosfera que permeia as recordações vertiginosas do narrador recupera um clima das duas últimas décadas do século XX: as festinhas de infantis em que os adultos se divertem mais que as crianças, a alegria dominical interrompida por algum plantão da TV Globo, as fitas cassete ou os vinis tocando a música preferida dos pais e algum colega de escola apelidado de Godines.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.