Cultura
Os EUA em forma de horror
A partir de histórias muito envolventes, a norte-americana Celeste Ng joga luz sobre as divisões raciais, os conflitos políticos e a desigualdade
Os Corações Perdidos, terceiro romance de Celeste Ng, autora campeã de vendas, está ancorado em dois conceitos fictícios: uma “crise” global que inclina o equilíbrio de poder internacional para longe dos Estados Unidos e uma peça subsequente de legislação norte-americana chamada Pact – a Lei de Preservação das Culturas e Tradições Americanas. Com rapidez assustadora, os Estados Unidos se transformam numa sociedade chauvinista, ignorante e violentamente hostil, governada pelo medo e o ódio racista – voltado, em particular, contra os asiáticos orientais.
Noah Gardner, o jovem herói meio americano, meio chinês do romance, cresce nesse ambiente perigoso, no qual a violência policial, a censura e a segregação são a norma. A mãe, uma famosa artista sino-americana que o abandonou com o pai quando era criança, inicia a trama enviando-lhe uma carta coberta de desenhos – já aberta e lida pelas autoridades. O que eles significam e qual foi o verdadeiro motivo do desaparecimento dela?
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.