Cultura
Narrar o contraditório
Trinta anos depois de sua estreia na literatura, Bernardo Carvalho lança Os Substitutos, no qual explora a Amazônia
Quando Bernardo Carvalho era criança, sua mãe gostava muito de ler romances de gênero. Entre eles, os de ficção científica eram os seus favoritos. Sem ter com quem conversar sobre o que lia, ela contava as histórias ao menino. Assim, explica Carvalho, ele, até hoje, é incapaz de ler um livro desse gênero, mas adora que lhe contem as histórias.
Tal fato, assim como essa dinâmica entre mãe e filho, é crucial para a estruturação narrativa do recém-lançado Os Substitutos. Na história, o personagem principal é um garoto de 11 anos que viaja com o pai para a Amazônia. Vão apenas os dois em um bimotor e o garoto se entretém lendo um romance de ficção científica. O autor conta, em entrevista a CartaCapital, que teve de lutar para manter esse segmento de seu romance.
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