A Procuradoria Regional do Rio de Janeiro arquivou uma notícia de fato que buscava proibir o músico Roger Waters de entrar no Brasil e realizar apresentações.
As advogadas que assinam o pedido ainda requisitavam o cancelamento de todos os shows do artista previstos para ocorrer no País.
As medidas cautelares foram solicitadas após o ex-integrante da banda Pink Floyd usar um uniforme nazista durante uma apresentação em Frankfurt, na Alemanha.
Pelas redes sociais, o músico disse à época que suas apresentações demonstravam uma clara oposição ao racismo.
Os procuradores entenderam que as medidas demandadas seriam desproporcionais e promoveram o arquivamento da peça.
Segundo o MPF, “a forma escolhida para realizar a crítica aos regimes autoritários, à extrema-direita e ao Estado de Israel pode ser considerada chocante e de mau gosto, mas expressa o pensamento político do cantor na apresentação”.
“A liberdade de expressão, como garantia que permite a pluralidade de ideias e de pensamentos, fornece mecanismos para que Waters possa ser criticado pelos métodos utilizados e pela escolha da manifestação artística veiculada em seu show, mas não censurado por sua forma de pensar – ainda que a expressão de suas ideias possa ter ocorrido por meio de ‘comportamentos expressivos’ inadequados ou deseducados.”
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