Cultura

Morrem no Rio Leny Andrade, aos 80, e Doris Monteiro, aos 88

Leny começou a carreira profissional em 1958. Doris iniciou sua trajetória no final dos anos 1940

Leny Andrade e Doris Monteiro. Fotos: Reprodução/Redes Sociais
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As cantoras Leny Andrade, de 80 anos, e Doris Monteiro, de 88, morreram nesta segunda-feira 24, no Rio de Janeiro.

Leny estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na zona oeste. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno”, escreveu nas redes sociais o Retiro dos Artistas, onde ela vivia.

Ela se recuperava desde junho de uma pneumonia e foi internada na semana passada, após seu quadro de saúde piorar.

Leny Andrade começou a carreira profissional em 1958. Nas décadas de 1980 e 1990, dividiu-se entre o Brasil e os Estados Unidos, onde gravou discos de samba-jazz, dentre os quais o clássico Luz Neon. Lançou também CDs em parceria com instrumentistas de renome, como César Camargo Mariano, Cristóvão Bastos e Romero Lubambo.

Ela teve vários hits nas paradas brasileiras e em 2007 dividiu um Grammy Latino com César Camargo Mariano para Melhor Álbum MPB ao Vivo.

Em 2018, comemorou 60 anos de carreira com apresentações pelo projeto Clube do Choro Convida, acompanhada pelo violonista Luiz Meira. Cantou as músicas que se tornaram marcantes em sua trajetória, como Estamos aí (Durval Ferreira, Maurício Einhorn), Rio (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Céu e Mar (Johnny Alf), Influência do Jazz (Carlos Lyra), Contigo Aprendi (Armando Manzanero), além do pout pourri de Tom Jobim, com Este seu Olhar, Triste, Vivo SonhandoVocê vai ver e Garota de Ipanema.

Em agosto de 2022, gravou, com o pianista Gilson Peranzzetta, a música Por Causa de Você (Tom Jobim e Dolores Duran), lançada como single pela Mills Records em janeiro de 2023 em comemoração aos seus 80 anos.

A cantora Doris Monteiro também morreu nesta segunda. Segundo a família, a morte ocorreu por causas naturais.

Ela iniciou a carreira ainda adolescente, no fim dos anos 1940. Na década seguinte, consagrou-se como uma das grandes intérpretes do País.

O lançamento do primeiro trabalho, Se você se importasse/Fecho meus Olhos, Vejo Você, ocorreu em 1951. No ano seguinte, foi eleita a Rainha dos Cadetes; quatro anos depois, tornou-se a Rainha do Rádio, em um concurso da Associação Brasileira do Rádio.

Nos anos 1960, ela continuaria a emplacar sucessos. Em 1961, lançou o LP Doris Monteiro, com os hits Palhaçada e Fiz o Bobão (ambos de Luís Reis e Haroldo Barbosa).

Doris Monteiro é considerada uma precursora da Bossa Nova. Entre os sucessos em sua voz estão ainda Mocinho Bonito (Billy Blanco), Mudando de Conversa (Maurício Tapajós e Hermínio de Carvalho), Conversa de Botequim (Noel Rosa) e Dó-ré-mi (de Fernando César e Nazareno de Brito).

Além da extensa discografia, a cantora também estrelou o programa Encontro com Doris Monteiro!, na TV Tupi do Rio de Janeiro, e participou dos filmes Agulha no Palheiro (1953), Carnaval em Caxias (1954), De Vento em Popa (1957) e Copacabana Palace (1962).

(Com informações da Agência Brasil)

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