Cultura
Acordes autênticos
Embora seu nome tenha sido muito atrelado à bossa nova, João Donato sempre abraçou os mais diversos estilos
João Donato foi bossa nova muitos antes de o movimento musical ganhar essa nomenclatura. Em 1948, era um dos frequentadores mais assíduos do Sinatra-Farney Fã Clube, no bairro carioca da Tijuca, um aglomerado de admiradores desses dois artistas. Ali, munido de seu acordeão, participou de festas musicais ao lado do pianista Johnny Alf, do saxofonista e clarinetista Paulo Moura e das cantoras Nora Ney e Dóris Monteiro – dentre outros adeptos de um estilo suave de interpretação.
Donato, no entanto, nunca se sentiu exatamente confortável com o banquinho e o violão – substituído pelo piano, que assumiu de vez em 1953. É que o músico, morto na segunda-feira 17, aos 88 anos, vítima de pneumonia, no Rio, era, antes de tudo, um artista inquieto.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.