O ex-deputado Valdemar Costa Neto, atual presidente do PL, classificou a operação da Polícia Federal que fez buscas em endereços da deputada federal Carla Zambelli como uma ‘perseguição’ ao seu partido. A declaração foi dada em entrevista ao canal de TV CNN Brasil nesta quarta-feira 2.
“Que barbaridade. Não respeitam os deputados que têm imunidade. Isso não tem como acabar bem. Invadiram a casa do ex-presidente da República. É uma perseguição contra o PL, que não entendo como o Poder Judiciário não enxerga que isso não tem como acabar bem”, disse o cacique do Centrão horas após a operação.
Nesta quarta, os policiais estiveram em ao menos três endereços da deputada, incluindo o gabinete e o apartamento funcional em Brasília. Na mesma operação, a PF prendeu o hacker Walter Delgatti Neto. Apesar do que alega Costa Neto, a suspeita é de que Zambelli e Delgatti tenham inserido um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes nos sistemas do CNJ.
Em nota, a PF informou que a ação constitui, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O comunicado diz também que os crimes teriam sido praticados “entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos”, além do falso mandado de prisão contra o ministro.
A operação teria sido motivada por comprovantes bancários de pagamentos feitos por assessores de Zambelli ao hacker, preso preventivamente. Recentemente, em depoimento, ele afirmou ter sido contratado pela deputada para a realização da invasão. Em 2022, ele teria sido levado ao encontro de Jair Bolsonaro (PL) para tratar de um plano de hackeamento de urnas eletrônicas.
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