O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o Brasil provou em diferentes ocasiões ter uma capacidade de se reinventar e que o País deve passar por mais um período de inovação após a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o magistrado, em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira 25, os últimos quatro anos foram “um desvio, repletos de ameaças à democracia”. Agora, porém, “o status quo retornou e voltamos a focar as grandes questões da Nação”.
“O Brasil está voltando. Para além da importância econômica e geopolítica, o Brasil tem muito a oferecer ao mundo: nossa cultura, nosso Carnaval e futebol, nosso bom humor e a capacidade de inovar”, avaliou.
Entre as “grandes questões”, ele mencionou a discussão fiscal, a responsabilidade social e o combate às mudanças climáticas.
“No governo anterior, o Brasil era visto como pária, por estar destruindo nossas florestas. A legislação para proteger o ambiente existe e é, inclusive, muito avançada.”
Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Gilmar Mendes afirmou que o Brasil demonstrou ser uma “democracia resiliente” e que o Judiciário desempenhou um papel importante. Ele citou o exemplo da Alemanha e exaltou a ideia segundo a qual “um Estado de Direito não pode ser tolerante com aqueles que não toleram a própria democracia”.
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