CartaExpressa
Túlio Gadêlha relata ameaças e pede escolta armada
Ameaças são após o parlamentar falar contra o projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro


O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) pediu escolta armada de policiais legislativos após receber ameaças por conta de seu discurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro.
Durante sua fala da CCJ, Gadêlha afirmou que parlamentares da extrema-direita usaram as famílias dos presos para promover ataques políticos e incitar os manifestantes golpistas.
“Essas pessoas que estavam lá foram presas por tentativa de golpe de Estado. Agora, esses deputados que estão aqui estimularam [os ataques]”, disse.
Após sua fala, Edjane Duarte, viúva Cleriston Pereira da Cunha, réu do 8 de janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, discutiu com o parlamentar.
Os vídeos do debate foram compartilhados em redes bolsonaristas e o deputado passou a receber ameaças. Por isso, registrou um boletim de ocorrência e acionou a Polícia Legislativa Federal.
“Essas mensagens que recebi hoje são a prova viva de que parlamentares da extrema direita continuam usando a família dos condenados para atacar politicamente outros parlamentares” afirmou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Anistia a golpistas do 8 de Janeiro só será votada depois das eleições, anuncia presidente da CCJ
Por CartaCapital
CCJ da Câmara adia votação de anistia a golpistas do 8 de Janeiro após sessão tumultuada
Por Wendal Carmo