O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Benedito Gonçalves, decidiu restabelecer a monetização de perfis bolsonaristas nas redes sociais e em plataformas de vídeos. Os recursos obtidos, porém, devem seguir retidos e “à disposição do juízo, até posterior deliberação”.
Na prática, significa que as páginas de extrema-direita alvo do TSE por disseminação de fake news e ataques às urnas poderão solicitar às empresas ganhos financeiros a partir de sua audiência, mas não terão acesso imediato ao dinheiro.
Entre os perfis beneficiados pela decisão estão os do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e os do canal Terça Livre.
Allan é alvo de um pedido de prisão preventiva assinado em outubro de 2021 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e segue na mira de investigações da Corte. Ele continua, porém, nos Estados Unidos e é considerado foragido.
No mesmo despacho, Benedito Gonçalves estendeu por 90 dias uma investigação sobre a atuação de grupos na internet que divulgam notícias fraudulentas sobre o sistema eleitoral. A medida foi tomada no âmbito de um inquérito administrativo aberto pela Corte em agosto de 2021 para apurar ataques infundados de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.
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