Torres responsabiliza subordinados por mapeamento de eleitores e ação da PRF no 2º turno

O ex-ministro alegou à PF que o intuito do boletim sobre os votos era 'relacionar crimes eleitorais'

Anderson Torres e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O ex-ministro da Justiça Anderson Torres responsabilizou pessoas subordinadas a ele pelo mapeamento de eleitores e pela atuação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno da eleição de 2022. A íntegra do depoimento do bolsonarista à Polícia Federal, prestado na segunda-feira 8, foi revelada pelo G1 nesta quarta 10.

Segundo Torres, a iniciativa de mapear os locais onde Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) receberam mais de 75% dos votos no primeiro turno partiu da delegada Marília Alencar, então diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça. Ela sustenta, porém, que o levantamento foi um pedido de Torres.

Ele alegou que o intuito do boletim sobre os votos era “relacionar crimes eleitorais”, mas afirmou não ter levado a informação adiante por “não entender que os dados eram indicativos” das irregularidades.

Torres declarou que a operação da PRF teria sido igual em todo o País, mas um levantamento do Ministério da Justiça aponta que a corporação fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro.

Após o depoimento, Anderson Torres deixou a sede da PF em Brasília e retornou ao Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde está preso desde janeiro por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

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